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O vocalista do Air Supply confessou ser fã de Roberto Carlos e Luis Miguel!
El Comercio
Peru, 16 de outubro de 2010
Depois de quase 10 anos, a inesquecível dupla australiana retorna ao Peru neste 26 de outubro na Angola Maria. Graham Russell conversou com El Comercio.
Ele não lembra quando foi sua última apresentação em Lima, mas diz que foi há mais de 10 anos. Graham Russell, o vocalista e guitarrista da banda Air Supply, sabe que ele está em dívida para com o Peru."Nós tentamos voltar aqui durante anos, ansiávamos em reencontrar o público peruano", disse o Inglês (60).
Com a data confirmada e tudo pronto para embarcar no avião que os trará de volta a Lima, o intérprete de canções clássicas como "All Out of Love" e "Making Love Out of Nothing at All" não esconde a felicidade de retornar a um país da América Latina.
Qual é a sua opinião sobre o público desta parte do mundo?
Temos um carinho enorme pelo povo latino e eu acho que este sentimento não irá embora. Nós os amamos, eles têm uma atitude romântica em relação à vida. Estamos felizes em marcá-los com as nossas músicas. É realmente muito bonito.
Você também é muito popular em países como o Japão. Quais são as diferenças que encontram ao tocarem para os públicos latino e asiático?
O público da América Latina é bem mais agitado e creio que não tem dificuldade para expressar seus sentimentos. O Air Supply encoraja-o a fazer isso. Então, quando tocamos ao vivo, temos a intenção de fazer com que o público seja parte de nós e nós somos todos uma família feliz. Muitas pessoas em outros lugares temem expressar o que sentem. Latinos, entretanto, tornam tudo muito fácil para nós.
O show a ser apresentado em Lima incluirá canções de seu mais recente álbum ou dará ênfase aos seus maiores sucessos?
Cantaremos todos os nossos sucessos, mas também músicas do nosso mais recente álbum, "Mumbo Jumbo", que colocou duas músicas no top 20 dos Estados Unidos. Quanto ao show vai ser muito diferente. Eu nunca planejei o que dizer ou fazer, apenas o que nós tocamos. Gostamos de conversar com o público e fazê-lo sentir o que nós tocamos.
Vocês tocam juntos há mais de 30 anos e têm feito uma conexão incrível com o público. Você acha que isso é devido, principalmente, às músicas de amor que vocês tocam?
Acho que sim. Nossa música é mais relevante agora do que há 30 anos. As pessoas a entendem mais. Sim, temos uma ligação com o público e uma vez que conseguimos isso, tudo se torna mais forte, transcende o show e a passagem do tempo.
Qual a sua opinião sobre os cantores românticos da atualidade?
Cada um tem seu próprio som, uma maneira particular de expressar sua música e canções. Ouvi Roberto Carlos e Luis Miguel e eu adoro. Eles são cantores bastante talentosos e expressam sua música da forma como a sentem. A melhor coisa sobre o amor e a música romântica é a sua individualidade, o modo como cada artista expressa seus sentimentos.
Você prefere os shows de multidões ou os de um público seleto?
Nós gostamos de tocar para todos os tipos de público. Nós tocamos em Las Vegas há alguns meses para mil pessoas e depois tocamos na China para 30 mil. Além disso, quando tocamos em Havana, reunimos 200 mil pessoas. Quanto mais gente, se torna mais intenso. Com menos gente, tudo é mais íntimo. Aprendemos a equilibrar os dois.
Vocês ainda têm forças para sair em turnês. Você tem uma motivação especial?
Sim, definitivamente. Esta é a minha paixão. Eu adoro tocar com o Air Supply. No entanto, é o meu trabalho e minha responsabilidade. O grupo me deu tudo, então eu tenho que retribuir tudo o que ganhei.
Texto original: Diego Pajares
Tradução: Tony Nascimento
Fonte/Source: elcomercio.pe
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